O que é Interface Cérebro-máquina e qual sua aplicação no pós-AVC?

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A reabilitação após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como “Derrame”, é uma das áreas mais desafiadoras da Fisioterapia, já que depende da formação de novas conexões cerebrais que foram perdidas. Cada pessoa acometida apresenta um conjunto único de sintomas, mas a recuperação das funções da mão costuma ser uma das principais dificuldades no processo.

Para acelerar a sua recuperação, uma série de novas técnicas têm sido desenvolvidas nos principais centros de pesquisa e desenvolvimento do mundo.

E, uma tecnologia de grande destaque pelos seus resultados e evidências científicas é a chamada Interface Cérebro-máquina.  Veja como funciona:

Essa tecnologia envolve a combinação de uma série de técnicas baseadas em pesquisas na área de Neurorreabilitação. Desta forma, fornece um ambiente propício para que mudanças cerebrais duradouras aconteçam no cérebro, a chamada Neuroplasticidade.

Este artigo tem como objetivo explicar o que é a Interface Cérebro-máquina e como que este recurso pode ser aplicado na reabilitação do AVC.

Neurotecnologia na reablitação do AVC

Uma importante descoberta da ciência da neuroreabilitação é que a mesmas áreas do cérebro que são responsáveis pela realização dos movimentos também são ativadas quando imaginamos a realização destas contrações.

A chamada “Imagética Motora” é um treinamento muito utilizado no pós-AVC e que solicita que as pessoas imaginem a realização de movimentos de forma orientada e estruturada.

Isso gera um aumento significativo da atividade e da comunicação entre neurônios que têm o potencial para assumir as funções motoras que foram perdidas após o acidente. Porém, apesar de ser uma técnica poderosa, algumas pessoas possuem dificuldade para simular esses movimentos na próxima mente.

Então, imagina se pudessemos controlar dispositivos com a mente quando as áreas do cérebro que são responsáveis pelos movimentos são ativadas? Isso pode ser feito com o auxílio da tecnologia de Interface cérebro-máquina. Para isso acontecer, utiliza-se uma touca que contém sensores para medir as ondas cerebrais. Estes estímulos são processados no computador e transformados em comandos para um órtese robótica, uma espécie de “luva” que contém motores que auxiliam na realização dos movimentos.

Pode ser uma imagem de textoA Terapia robótica, que já é uma técnica reconhecida pelo seu potencial clínico, pode ser guiada pelos sinais cerebrais. Desta forma, é possível que a pessoa “veja” o seu próprio cérebro funcionando, enquanto tenta ativar as áreas responsáveis pelos movimentos. Portanto, este recurso tem o potencial para acelerar o aprendizado da prática mental e somar os seus efeitos com os próprios benefícios da Terapia Robótica, que já utilizada em grandes centros no mundo.

O Exobots, por exemplo, é uma tecnologia desenvolvida pela Neurobots e que integra todos estes recursos em um único protocolo estruturado.

Como funciona na prática?

  1. As pessoas que tiveram um AVC recebem uma touca na cabeça que realiza a medição dos sinais cerebrais das áreas responsáveis pelos movimentos. O software apresenta uma série de comandos que irão indicar em quais momentos a pessoa deve relaxar ou imaginar a realização dos seus movimentos.

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2. A tecnologia da Neurobots realiza a interpretação destas ondas cerebrais e as transforma em comandos para a órtese robótica. Isto ajuda a pessoa a entender se esta atividade está sendo realizada de forma correta. Assim, é possível acelerar o processo de aprendizado, o que é reforçado através da repetição da prática.

3. Sempre que o cérebro responder de forma correta, a plataforma irá fornecer uma recompensa positiva através da movimentação da órtese robótica na mão afetada. Desta forma, será possível receber uma estimulação que ajuda o cérebro a entender melhor a contração muscular e isto ajuda na sua aprendizagem.

4. As pessoas também são orientadas a tentar realizar o movimento em conjunto com a “mão” robótica, para que o cérebro consiga traduzir estes estímulos em movimentos reais mais facilmente.

Portanto, a Interface cérebro-máquina é uma junção de terapias como Imagética Motora e Robótica que foram condensadas em um protocolo baseado em evidências científicas e em muitos anos de pesquisa e desenvolvimento.

Como ter acesso a este recurso?

No Brasil, já existem mais de 200 centros que foram certificados pela Exobots e que já oferecem esta terapia avançada aos seus clientes.

Caso você tenha interesse em participar deste programa, indicar para alguém ou aplicar com esta tecnologia no seu local de atendimento (profissionais), fale com um especialista em Neurotecnologia da Neurobots e saiba mais informações:

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Este post tem 3 comentários

  1. 85 984570521

    preciso atende se esse equipamento ,principalmente a touca serve somente para ordenar o movimentos das mãos, qual o custo do equipamento e treinamento

  2. Sou fisioterapeuta

    Muito bom o estudo trabalho com paciente em seu domicílio e tenho um paciente de 46 anos que está precisando deste auxílio como telo

  3. Stela

    AVCI durante o COVID aos 50 anos, tenho disfagia e hemiplegia, sou totalmente dependente, moro em Ribeirao Preto.
    Onde consigo essa terapia?

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