A grande maioria dos meus pacientes me questionam que sentem muitas dores no ombro após o AVC, essa dor é extremamente incômoda e atrapalha as diversas atividades da vida diária, como vestir-se, por exemplo.
Quero que você entenda que não deve ficar com o braço parado, mesmo que sinta algum desconforto é importante realizar os exercícios porque assim você está evitando encurtamentos e deformidades.
Imediatamente após a alta hospitalar e nos primeiros dias em casa, é necessário que o braço fique afastado do corpo, seja de costas ou de lado. O posicionamento correto não significa que de uma hora para outra você precisa fazer tudo sozinho, mas você deve tentar fazer o máximo possível, até onde conseguir.
Caso você adote a postura de lado, em cima do braço com maior dificuldade, nunca se esqueça de afastá-lo com uso de travesseiros. Já se você deitar no lado que você tem uma menor dificuldade, não esqueça, que você não pode deixar o braço pendente sem utilizar travesseiros. Mesmo que o objetivo seja melhorar a mobilidade do braço, nunca se esqueça que é necessário trabalhar o controle da mão.
Lembre-se: você é responsável pela sua reabilitação. Nunca se compare a ninguém.
Mesmo que você tenha uma lesão semelhante a de outra pessoa, ninguém tem seu processo de recuperação da mesma forma.
Sempre falo que nosso cérebro é uma “caixinha cheia de surpresas”, nunca podemos afirmar que determinada pessoa jamais irá realizar algo. Já vi muitos pacientes com prognóstico não muito favorável após um AVC, e que me surpreenderam, realizando coisas inimagináveis.
Quero que vocês entendam que não somente exercícios aceleram os ganhos motores do membro superior em que você possui uma maior dificuldade. Há uma outra técnica que estou utilizando com meus pacientes e está dando um ótimo resultado, principalmente quando há maior dificuldade nos movimentos do membro superior como um todo: a Interface Cérebro-Máquina. Ela é uma técnica que já é usada há bastante tempo em vários países do mundo. Você pode até se perguntar:
“Mas, de que forma a Interface Cérebro Máquina irá auxiliar minha mão e meu braço se eu mal consigo mexê-lo?”
Mas na prática o que é essa técnica?
Estamos falando que nosso cérebro comanda uma mão robótica (exoesqueleto), e quando solicitamos ao paciente que imagine movimentos simples, como por exemplo, pentear cabelo ou escovar os dentes, ele ativa as mesmas áreas cerebrais responsáveis por aquele membro. Quando os sinais cerebrais são captados na touca por eletroencefalografia, há uma ativação nessa área e, como consequência, a mão robótica abre.
Mas por que isso acontece?
Ele consegue estimular a neuroplasticidade com auxílio de um exoesqueleto controlado pelo cérebro para criação de novas conexões de neurônios.
Mas essa tecnologia funciona?
Estamos falando de uma tecnologia em possui várias evidências científicas de recuperação dos movimentos perdidos nos membros superiores.
Várias pesquisas já foram realizadas com pacientes de pós- AVC e mostram uma recuperação motora superior a diversas outras técnicas utilizadas para reabilitação do membro superior.
No entanto, é necessário fazer uma avaliação minuciosa por uma equipe de reabilitação, para verificar se essa técnica pode ser utilizada na sua reabilitação.
Como ter acesso a este recurso?
No Brasil, já existem mais de 200 centros que foram certificados pela Exobots e que já oferecem esta terapia avançada aos seus clientes.
Caso você tenha interesse em participar deste programa, indicar para alguém ou aplicar com esta tecnologia no seu local de atendimento (profissionais), fale com um especialista em Neurotecnologia da Neurobots e saiba mais informações: